No dia 19 de abril de 1898 nascia na Espanha, muito provavelmente, na região dos Mouros , Silvio Barreto Rocio. O mesmo morou em Vitória até a sua morte, sendo um dedicado e empenhado estudante enquanto criança e adolescente.
Já no Brasil bacharelou-se em Direito e teve formação na área da Pedagogia, casando-se com a Srª Inayah Pereira Rocio, capixaba. Homem das letras, fora considerado ilustre escritor cabixada.
Após exercer seu período de magistério dedicou o resto de sua vida à direção do colégio Estadual de Vitória.
Silvio Rocio teve cinco filhos e destes apenas dois estão vivos, um morando em nosso estado e outro no estado fluminense.
Seu filho Rubens Pereira Rocio que pouco conheceu o pai, devido ao falecimento precoce, têm leves lembranças do pai que é por ele assim caracterizado: "meu pai era o homem das letras, colaborou com a fundação juntamente com Drº Fernando Rabelo (ex-reitor da UFES) da Associação dos Funcionários Públicos que deu origem ao Hospital. Mas meu pai antres de qualquer outra função era um grande educador, e essa é a marca que nos deixou, o maior patrimônio que um filho poderia herdar".
Com apenas 44 anos, acometido de um infarto fulminante, morre na cidade de Vitória o professor Sílvio Barreto Rocio no dia 26 de junho de 1942.
Eis umas das poesias de Sílvio Rocio:
O Retrato
Devo mandá-lo, por não tê-lo entregado.
Agora que o portador, ahi fora, o espera.
Ella, mö deu, mas se mandou buscá-lo.
Por certo que ella mas me não tolera.
Ella offertou-me
É meu. E se eu negá-lo?
Por que elle é meu.
Ella de desespera.
Jamais tão brusco gesto a poupá-lo.
Com mil censuras,
cada qual severa...
O que fazer?
Entrego ou não entrego?
Se ela mö deu, eu devo devolvê-lo?
Ó santo Deus!
Dae luz a um pobre cego,
Vacillo ainda quanto é forte o amor
Beijo o retrato...
Que ância de escondê-lo
mas vou levá-lo às mãos do portador.
Poesia escrita no dia 05/01/1927
Entrevista dada no 03/09/2007 pelo filho Rubem Pereira Rocio ao professor Frei Carlos Alexandre Silva Rubim.
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